quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pinguinho com asas

    De repente o dia parou de respirar. Umas asinhas pequenas e sardentas nasceram nas costas de um corpinho branco. E lá, bem longe daqui, um ser cheio de miudezas, com sua pequena máscara de zorro, partiu para viver nas nuvens de bolacha, água e sal, crocantes bolachinhas do tamanho de sua boca. Enrolar-se virando mil vezes nos cobertores recém saídos do varal. Uma água fresquinha na tijela, e comida o dia todo. Esparramado no sol da manhãzinha. Foi voar com seu ventre rosado, sua doçura, seu pensamento pequenino.

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