sábado, 27 de agosto de 2011

Há pouco um filme bonito, fiquei bondosa, voei com ele, tive filhos, fiapos. Comida. Uma musiquinha de todos. Que país é esse? Olhei pro lado, o burguês bojudo. Moço sem modos, comia seu queijo escorrendo feito víscera. Dinheiro escorria dos poros. A moça no cinema cheirava os buracos do teto. Já foi adiposa, hoje é esguia. Esbarrei nela uma vez. Boca não disse palavra. Ave, palavra. Essa coisa sem bojo, sem saber se tenho estrias. Só quer ser ostra na minha língua. Quer que eu a abra, viole seu ventre, chupe rapidamente o molinho de dentro. Me vomita, ser sem coisa! Sou a não-coisa que te habita! Me viola! Abre essa sua boca cheia de mofo, de morfemas! Eu não quero te ouvir, porra! Quero que você me fale.

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